Em visita a Portugal, o Vice-Presidente Michel Temer descartou o risco de bolha imobiliária, mesmo com a grande valorização dos imóveis no Brasil.
Temer considerou que o bom desempenho econômico do Brasil diminui o impacto possível desse cenário, apesar de alguns analistas alertarem sobre a alta da especulação no mercado imobiliário como consequência da organização dos Jogos Olímpicos em 2016 e da Copa do Mundo em 2014.
“Não há risco de bolha imobiliária”, afirmou, antes de acompanhar o lançamento de um livro comemorativo sobre um ano de promoção cultural entre Portugal e Brasil.
Em lugar de riscos, há sintomas positivos na economia, como uma baixa taxa de desemprego, “próxima ao pleno emprego”, que ficou em agosto em 5,3%, e uma inflação de 5,8 % para este ano, dois décimos a menos que o previsto para junho.
A afirmação de Temer vai de encontro à visão de alguns especialistas, como Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.
“Em conversas com Banco Central, Caixa Econômica Federal e Abecip (Associação Brasileira de Crédito Imobiliário), descartamos completamente a hipótese de uma bolha aqui”, disse Petrucci, alegando que o aumento de preços acompanhou o crescimento econômico do país e, no momento, reflete os custos mais altos de terreno e de mão de obra e matéria-prima.
Os custos de construção no Brasil tiveram um aumento de 5,68% ao longo dos últimos 12 meses, com a maior alta na Região Sul, onde o aumento chegou a quase 8%.