Saiba mais sobre o aumento do limite do FGTS

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Começou a valer, nesta terça-feira (1º), o novo limite para o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na compra da casa própria. O teto do valor máximo do imóvel sobe de R$ 500 mil para R$ 750 mil nos estados de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e no Distrito Federal. Nos outros estados, o valor máximo passa para R$ 650 mil.

Essa alteração torna mais fácil a aquisição de um imóvel para quem tem dinheiro do Fundo de Garantia. É que o governo elevou o valor máximo dos imóveis que os interessados podem comprar, utilizando o seu saldo do FGTS, tanto para o pagamento à vista, como para fazer financiamento pelo sistema financeiro da habitação, que cobra juros mais baixos.

O anúncio foi feito pelo chefe adjunto do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro, Julio Carneiro. “Há regiões em que os preços sobem mais”, disse ele, para justificar a medida e os diferentes valores para dois grupos de regiões.

Carneiro lembrou que a alteração não corrige todo o preço do imóvel em relação à inflação e aos preços do setor.

“Os limites colocados agora são adequados para imóveis que queremos que sejam financiados pelo SFH”, disse. Ele lembrou que o setor pede essas alterações há mais de dois anos.

Carneiro não acredita que o aumento do teto irá inflacionar o mercado de imóveis.

“Essas medidas não vão provocar um boom no setor, ele continuará na sua trajetória”, disse.

Economistas acreditam que a medida deve estimular o setor da construção civil e alavancar as vendas de imóveis de até R$ 750 mil. Mas lembram que uma procura maior por imóveis nessa faixa de preço pode ter como consequência um aumento no valor dessas moradias.

“Esse aumento na demanda pode se traduzir em uma pressão de preços. É esperado que a gente tenha algum incremento nos preços por conta dessa medida”, afirma Eduardo Zylberstajn, coordenador do índice FipeZap.

Já o sindicato da habitação não aposta em uma disparada dos preços. “Os preços, vamos dizer assim, que eles estão praticamente estáveis, subindo de uma maneira controlada e em função de a gente ter um número muito expressivo de imóveis sendo vendidos a patamares superiores a R$ 500 mil então não existe indício de que isso possa mexer nos preços”, diz Cláudio Bernardes, presidente do Secovi.

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